Gravações - Repertório

As obras abaixo estão prontas e disponíveis para apresentações, concertos e recitais.


Nem todas as gravações foram atualizadas, portanto, algumas obras já possuem uma interpretação mais apurada.






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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Andamento, tempo e a interpretação - Parte 1

Isto é fonte de muita discussão entre músicos, sejam eles profissionais ou amadores. Muitas vezes alunos de música perguntam qual a "velocidade" que uma determinada obra deve ser executada, e como devem interpreta-la. Nesta pequena sequência de "artigos", pretendo dar algumas dicas de como interpretar uma obra com base nas informações presentes na partitura, em seu período e estilo.


 Antes de prosseguirmos, devemos relembrar na teoria musical, o que é tempo e andamento.


Tempo do compasso

O tempo (Time Signature, no inglês), é basicamente a indicação de quantas notas valendo um tempo caberão dentro de um compasso, sendo indicado na forma de uma fração, onde:

  • Numerado: Indica quantos tempos cabem em um compasso
  • Denominador: Indica qual nota vale um tempo na marcação do metrônomo
A maior fonte de confusão, sempre aparece com o denominador. Abaixo segue uma imagem que irá ajudar a entender melhor.

Observe que cada nota possui um número associado. Este número, é utilizado para definir qual a nota que valerá um tempo no compasso. Sendo assim, um compasso 4/4 terá quatro tempos, sendo que a nota que vale um tempo é a semínima (nota número 4 no diagrama anterior). Um compasso 3/2, terá três tempos, sendo que a nota que vale um tempo é a mínima (nota número 2 no diagrama anterior).

Sendo assim, o tempo do compasso serve para auxiliar na definição do andamento de uma música, uma vez que ele define qual nota valerá um tempo, porém, não é somente isto.

Ainda existem os compassos compostos, que não irei abordar neste momento, mas como exemplo podemos pegar um compasso 6/8, como presente na sonata n9 de Mozart. Este é um compasso composto binário que é subdividido em dois tempos formado por três colcheias (fechando os "6 tempos"), desta forma, a nota que vale um tempo é uma semínima pontuada (nota n4 no diagrama anterior, com um ponto de aumento).


O tempo forte

A primeira nota de um compasso (inclui-se pausa também) cairá no chamado tempo forte, sendo assim, esta nota deverá ser um pouco mais acentuada que as demais notas do compasso. É claro, você não irá sair tocando todas as primeiras notas de compasso mais fortes que as demais, a questão aqui envolvida é muito mais subjetiva, e irei abordar na segunda parte deste "artigo".

Andamento

O andamento é nada mais como a velocidade que você deve executar uma obra. Muitas músicas possuem a indicação de andamento anotada junto a indicação de compasso. Existem várias formas de indicar o andamento de uma obra, podendo ser desde os BPM em um metrônomo, até a simples indicação "verbal", como andante ou allegro, por exemplo. Na figura abaixo, temos um exemplo com duas formas de indicação de andamento. A primeira indica que a música deve ser tocada com o andamento allegro, que situa-se entre 120 e 168BPM, e a segunda, indica que a música deve ser executada com um andamento presto, porém, observem que é indicado que a mínima seja utilizada como base de tempo, ou seja, a mínima deve valer um tempo, e o andamento de execução da obra deve ser 68BPM, ou seja, as semicolcheias que aparecem ao longo desta obra deverão ser executadas em uma velocidade muito elevada.




Na segunda parte, serão dadas algumas dicas de como utilizar estas informações para interpretar corretamente (ou o melhor possível) uma obra, e como alia-las ao contexto, forma e período musical a qual a obra pertence.

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