Gravações - Repertório

As obras abaixo estão prontas e disponíveis para apresentações, concertos e recitais.


Nem todas as gravações foram atualizadas, portanto, algumas obras já possuem uma interpretação mais apurada.






Maiores informações, no Link Repertório e Downloads/Gravações

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Visita a capela da Ulbra - Parte 2

Dando continuidade a sequência de posts sobre a visitação efetuada à capela da ULBRA, com os alunos da escola de música, vamos falar um pouco sobre o Clavicórdio e o Cravo.

No post anterior, falamos sobre o piano, e você pode conferir no link abaixo:



Clavicórdio

Clavicórdio


O Clavicórdio é um instrumento pequeno, portável, considerado o avô do Cravo. Este pequeno instrumento é considerado um dos primeiros instrumentos de câmara do mundo, ou seja, basicamente ele foi criado para uso em pequenas salas, com poucos ouvintes. Normalmente era o instrumento utilizado por músicos nômades durante a idade média, que eram contratados para transmissão de mensagens musicadas. Era muito comum a contratação destes músicos por generais vitoriosos, que enviavam boas notícias ao seu rei.

Clavicórdio

Seu som  é muito parecido com o cravo, se assemelhando ao som de dedilhado em um violão. Devido a sua forma de construção, este instrumento não proporciona qualquer dinâmica, uma vez que não possui mecanismos de multiplicação de força.


Pequenas hastes de metal presas na extremidade das teclas
responsáveis por gerar o som, golpeando as cordas.

O som deste instrumento é produzido golpeando a corda com uma pequena haste de metal, presa na ponta interna da haste da tecla, gerando assim o som característico do instrumento.


Cravo

Cravo


O Cravo já é um instrumento mais complexo, tendo seu som muito parecido com o Clavicórdio. Este instrumento, já mais moderno, pode possuir mais de um manual, dando maiores possibilidades ao interprete. A depender do cravo, o segundo manual pode ser configurado para adição de uma quinta ou oitava, ou simplesmente possui um timbre ligeiramente diferente do primeiro manual.

O Cravo e seus dois manuais


Este instrumento normalmente era utilizado de forma a seguir o "baixo contínuo" das músicas. Na época de sua criação, o uso de partituras não era comum, e a escala tonal temperada começava a ser utilizada e estudada, desta forma, as músicas eram mais rudimentares passando por poucas (ou nenhuma) modulação, ficando assim restrito a repetir a harmonia dos baixos e improvisar seus arranjos.

A forma de geração de som do cravo é um pouco diferente do clavicórdio. Enquanto o clavicórdio golpeia de leve a corda (gerando um som semelhante ao dedilhado no violão) o cravo "puxa" a corda, gerando um som semelhante a dedilhado utilizando a unha, no violão. Isto é feito através de uma pequena "pinça", presa na extremidade de um êmbolo situado acima da haste da tecla. Ao pressionar a tecla, este êmbolo sobe, pinçando a corda.

"Pinça" responsável por gerar o som do cravo

Desta forma, a técnica para se tocar o cravo é diferente da técnica pianística, sendo necessário mais delicadeza por parte do interprete, pois o uso excessivo de força pode romper alguma corda. Também é possível perceber que as teclas possuem uma certa resistência devido ao ponto em que a "pinça" encontra a corda. Desta forma, executar qualquer obra no cravo torna-se completamente diferente de faze-lo em qualquer outro instrumento de teclado, as diferenças vão muito além do simples som, passando pelo uso de registração, técnica e sensação de toque devido ao mecanismo único deste instrumento.


Parte 3: O órgão de tubos (em breve)

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